O Paraná tem a melhor sustentabilidade ambiental do país e recebe a melhor nota de eficiência com 100 pontos. Durante o XII Congresso Brasileiro dos Servidores da Administração Pública (Consad), que ocorreu nesta quarta-feira (23) em Brasília (DF), o Ranking de Competitividade dos Estados revelou isso. O Paraná ficou em terceiro lugar, atrás de São Paulo e Santa Catarina, na avaliação de dez pilares estruturantes, incluindo educação, infraestrutura e inovação. O Paraná lidera esse indicador pelo terceiro ano consecutivo.

A melhoria de indicadores como desmatamento ilegal, cuidados com o desperdício de água, coleta e destinação adequada do lixo e emissão de CO2 contribuíram para an avaliação positiva do Paraná. Além disso, o tratamento de esgoto, classificado como o terceiro melhor do Brasil, foi outro eixo que recebeu avaliações positivas.

Ações Estratégicas para a Preservação Ambiental

“Mais uma ótima notícia para o meio ambiente do Estado, um outro levantamento que confirma o Paraná como referência em sustentabilidade para o País. Isso comprova a eficiência das políticas públicas implementadas pelo governador Ratinho Junior a partir de 2019”,

destacou o diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza.

O Paraná alcançou o 100% de eficiência graças às ações diretas do órgão ambiental, uma autarquia subordinada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Por exemplo, os incentivos à união de municípios para reestruturar os aterros sanitários e melhorar a gestão de resíduos sólidos resultam no primeiro lugar na coleta seletiva e destinação do lixo. O objetivo da medida é ajudar as prefeituras an economizar dinheiro, seja com a conclusão de projetos ou com o financiamento de novos aterros consorciados.

O fato de o instituto ter concluído an entrega de 268 caçambas para 67 municípios do Paraná em abril também contribuiu para o desempenho. O kit é composto por equipamentos destinados exclusivamente ao serviço de coleta e destinação final dos resíduos gerados pela construção civil, e também inclui caminhões poliguindastes. O valor total do investimento foi de R$ 21,5 milhões.

Iniciativas Inovadoras para o Uso Sustentável da Água

Cuidados que também afetam diretamente as emissões de CO2 O projeto Pró-Biodiversidade (Pró-Bio), que foi aprovado em agosto pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), tem um foco no inventário de estoque e nos aumentos de carbono das Unidades de Conservação (UCs) do Estado. Compõe o desenvolvimento de modelos para estabelecer a dinâmica e o comportamento de carbono, estimar e monitorar a biomassa acima do solo em áreas florestais remanescentes.

ÁGUA – O ranking revelou ainda que o Paraná tem o terceiro melhor controle da perda de água do País. Resultado de programas como o Água no Campo, que desde 2019 já perfurou 605 poços em 163 cidades paranaenses, totalizando um investimento de quase R$ 10 milhões.

Perto de 1,2 mil famílias do campo com água potável de qualidade apenas no primeiro semestre deste ano. Outra atuação importante é o cuidado permanente com os rios que cortam o Estado. A superfície da água do Iguaçu, maior rio do Paraná, ultrapassou os 98 mil hectares de extensão em 2022, 10% superior ao índice do ano anterior e maior volume observado nos últimos 12 anos.

A revitalização do rio está diretamente ligada à recuperação da mata ciliar com mudas de espécies nativas, uma das plataformas do programa Paraná Mais Verde. Foram mais de 600 mil mudas de diferentes espécies de árvores para plantio às margens do Iguaçu desde 2019. irrigação de áreas verdes, lavagem de veículos e de superfícies, até a construção civil, uso predial, combate a incêndios, produção agrícola e regularização da vazão de corpos hídricos, entre outras.

Conclusão

O Paraná passa a ser um dos seis estados do País a construir uma legislação própria sobre o tema, estabelecendo critérios e ditando parâmetros de qualidade para a reutilização da água para mais de uma modalidade.A legislação prevê ainda o registro de volume gerado, regras para licenciamento e a exigência da instalação de redes específicas e sinalizadas em paralelo à rede de água potável, de forma a evitar a contaminação e garantir a rastreabilidade.